, Elizângela Dias Camboim (5) RESUMO Tema: achados audiológicos e linguagem em gêmeas regurgitadoras. Procedimentos: o estudo consiste no relato dos achados audiológicos e do desenvolvimento da linguagem de duas crianças, irmãs gêmeas regurgitadoras. Para isso, foram realizadas as seguintes etapas: coleta dos dados nos prontuários, relatórios das pacientes e coleta de informações com os familiares. Nos prontuários, além dos achados audiológicos e de linguagem, foi relatado também o tipo de abordagem terapêutica utilizada e os objetivos dos planejamentos diários que nortearam as sessões. Resultados: as crianças apresentaram ausência das emissões otoacústicas evocadas por estímulo transiente e produto de distorção, e potencial evocado auditivo de tronco encefálico via aérea e via óssea com limiar eletrofi siológico em 30 e 35dBNA bilateralmente, tendo sido sugerido no laudo perda auditiva de grau leve. No acompanhamento apresentaram episódios de otite média secretora, confi rmada pela avaliação otorrinolaringológica, e curvas timpanométricas do tipo B e C. As crianças iniciaram a terapia fonoaudiológica aos 10 meses de idade. Foram realizadas 32 sessões terapêuticas para o sujeito A.B. e 28 para o sujeito A.E., no período de 11 meses, nas quais as crianças demonstraram evolução, apresentando produções esperadas para a fase linguística do desenvolvimento da linguagem, porém não eram compatíveis com a idade observada na literatura estudada. Conclusão: as duas crianças com refl uxo gastroesofágico apresentaram perda condutiva, audição fl utuante nos primeiros dois anos de vida e atraso no desenvolvimento da linguagem. Apesar de suas produções apresentarem atraso, foi possível observar signifi cativa evolução das crianças em relação à aquisição de linguagem dentro do processo terapêutico.
DESCRITORES:
INTRODUÇÃOA detecção da defi ciência auditiva deve ser realizada nos primeiros meses de vida. Portanto, os profi ssionais que intervêm no desenvolvimento infantil devem estar preparados para identifi car alterações da audição e encaminhar para avaliação auditiva. O ideal seria que todas as crianças fossem submetidas a uma avaliação audiológica no período neonatal, por meio de programas de triagem auditiva, pois uma surdez não identifi cada precocemente pode ter consequências devastadoras sobre o desenvolvimento da linguagem da criança 1,2 .As técnicas mais empregadas para triagem auditiva neonatal são: as emissões otoacústicas evocadas por estímulo transiente (EOAT), o potencial evocado auditivo de tronco encefálico (PEATE).