“…Este ponto é muito relevante porque reflete apatia da população e descrença na eficácia da participação e do engajamento cívico. Com efeito, estudiosos do tema, como Santos Júnior, Ribeiro e Azevedo (2004), Ribeiro e Santos Júnior (2003), Santos Júnior, (2001), Ferreira (1999) e outros, têm apontado que no Brasil a taxa de participação política e associativa foi e continua sendo muito baixa, não obstante a democratização, o aperfeiçoamento do sistema eleitoral e a conquista de tantos espaços públicos de interação e deliberação. Ao comparar dados do IBGE de 1988 com os de 1998, Ferreira mostra que praticamente não houve variação nesse período, mantendo-se os percentuais de afiliação próximos aos de 1998, que eram os seguintes: 6 associação de empregados -1,9%; associação de bairro -2,5%; partido político -2,9%; associação religiosa -5,0%; associação esportiva ou cultural -10,0%; sindicato -15,7%, sendo que este percentual mais alto pode ser atribuído aos benefícios que outorgam os sindicatos (Ferreira, 1999).…”