A hanseníase é uma doença infectocontagiosa que se manifesta principalmente através de sinais e sintomas dermatoneurológicos. Este estudo analisou o conhecimento e as práticas de profissionais de nível superior da equipe Saúde da Família (eSF) sobre a inter-relação entre a hanseníase e suas alterações bucais. Trata-se de um estudo transversal, observacional e analítico, com abordagem quantitativa. A amostra de conveniência compreendeu 24 médicos, 45 enfermeiros e 24 cirurgiões-dentistas (CDs) da eSF de um município do Nordeste do Brasil. O instrumento de coleta de dados foi um questionário estruturado com escalas do tipo Likert de 5 pontos. Baseado nos escores da pesquisa, interpretou-se que os profissionais possuem um conhecimento "insuficiente” sobre as alterações bucais na hanseníase e uma prática "adequada”. As evidências sinalizaram a necessidade do aprimoramento do conhecimento sobre a alterações bucais na hanseníase e organização das práticas profissionais de todos os envolvidos na eSF, pois para garantir o atendimento integral é fundamental despertar para a importância das práticas odontológicas no desenvolvimento das ações de controle a hanseníase na eSF.