Introdução: Hipertensão Arterial Sistêmica (SAH) é considerado um problema de saúde pública muito relevante, devido à sua alta freqüência na população em todo o mundo. As Representações Sociais (SR) foram abordadas em estudos com o objetivo de compreender a relação do aspecto cultural e psicossocial com os meios de lidar com pessoas com SAH, justificando e orientando suas atitudes e expectativas em relação à sua condição. Objetivo: o objetivo era compreender SR de pacientes com Hipertensão Arterial Sistêmica em relação ao tratamento, adesão terapêutica e fatores de risco para complicações. Estratégia metodológica:Uma abordagem qualitativa foi utilizada de acordo com a perspectiva Minayo e entrevistas guiadas por um roteiro semi-estruturado como técnica de pesquisa em uma Unidade de Saúde da Família em Salvador-BA. Resultados: um total de 18 informantes-chave com idade variando de 32 a 72 anos participaram do estudo. Em geral, os usuários eram principalmente sedentários (83,4%) e tinham sobrepeso ou obesidade (44,5%). Os dados foram organizados em três fases para análise: ordenação, classificação e análise final, permitindo a determinação do priori e do emic. Os indivíduos relataram dificuldades quanto à necessidade de ingestão diária de medicamentos e à adoção de hábitos de vida saudáveis, sugerindo diferenças entre senso comum e conhecimento técnico. Considerações finais:Múltiplas influências foram percebidas sobre as crenças individuais e as redes sociais na adesão ao tratamento. A SR dos hipertensos interfere diretamente com sua percepção sobre a doença, orientando-os em seus comportamentos de saúde.