A nomeação de figuras é uma das habilidades componentes da rede de relações comportamentais que caracteriza os repertórios de leitura e escrita de acordo com o paradigma de equivalência de estímulos. Sendo assim, o processo de aprendizagem de leitura e escrita de nomes de objetos do cotidiano do estudante poderia ser mais eficiente do que a aquisição envolvendo palavras desconhecidas ou pseudopalavras. O presente estudo avaliou se a familiaridade da palavra afeta a emergência da escrita sob controle de ditado em um procedimento de ensino de seleção da palavra impressa a partir de palavra ditada. Dez alunos com idades entre sete e dez anos, ainda não alfabetizados, realizaram sessões de ensino informatizado e verificou-se que o número de sessões até o critério aumentou progressivamente de acordo com o tipo de palavras – familiares, não-familiares e pseudopalavras. Todos os estudantes aprenderam a ler as palavras com 100% de acertos; a escrita emergiu gradualmente, iniciando por composições aleatórias, passando por construções com omissões, inclusões ou trocas, até correção completa, para a maioria dos alunos. Os resultados confirmam que a familiaridade das palavras é uma variável relevante para a aprendizagem de leitura e estendem essa relação para a aprendizagem da escrita.Palavras-chave: ensino; leitura; escrita; equivalência de estímulos; familiaridade.