“…Essas novas possibilidades de investigação empírico-fenomenológica abremse na presente pesquisa para a tematização de um objeto de experiência mais abstrato que os usualmente pesquisados, uma vez que visa identificar e compreender os processos reflexivos prevalentes junto a dois grupos de profissionais que recorrem a conhecimentos de Psicologia para fazerem suas intervenções no contexto esportivo. Diferente de outras pesquisas em que este modelo foi aplicado, não se trata de enfocar um objeto perceptivo, como a experiência constitutiva da prática de Capoeira e a própria roda de capoeira (Valério & Barreira, 2016), a experiência de iniciar a luta em diferentes modalidades de combate (Telles, Vaittinen & Barreira, 2018), a luta corporal e a Arte Marcial (Barreira, 2010(Barreira, , 2013(Barreira, , 2017, a passagem da luta à brincadeira ou à briga na Capoeira (Melo e Barreira, 2015), a experiência de violência no MMA (Barreira, 2019), a experiência de jovens atletas em alojamento (Salomão, Ottoni & Barreira, 2014), mas, como será detalhado, o objeto "processo reflexivo" é uma "percepção" de percepções, uma "percepção segunda". O universo da pesquisa constituiu uma amostra composta por Psicólogos do Esporte, em atividade no momento da coleta, que estavam intervindo no esporte de alto rendimento, pertencentes a uma confederação brasileira de esporte, vinculadas ao Comitê Olímpico No caso de dos Coaching, verifica-se que esses ainda não estão elencados nas equipes multidisciplinares do COB, sendo que não encontramos nenhum registro em portarias ou órgão regulamentador que descrevesse esses profissionais no elenco de equipes desportivas.…”