A partir de uma perspectiva com base em evidências, buscou-se refletir sobre a amplitude de uma das políticas brasileiras de fomento ao atleta de alto rendimento, o Programa Bolsa-Atleta. A fim de investigar se tal Programa pode ser equiparada aos maiores entre seus semelhantes, foram pesquisados de maneira exploratória dados dos países presentes no top-11 de conquistas de medalhas nos Jogos Olímpicos Rio 2016, sendo eles: Estados Unidos (121 medalhas), China (70 medalhas), Grã-Bretanha (67 medalhas), Rússia (56 medalhas), Alemanha (42 medalhas), França (42 medalhas), Japão (41 medalhas), Austrália (29 medalhas), Itália (28 medalhas), Canadá (22 medalhas) e Coreia do Sul (21 medalhas), além do Brasil (19 medalhas). Foi escolhida a quantidade de medalhas e não o número de medalhas de ouro por ser a classificação considerada pelo COB. Junto a isso, considerou-se a metodologia proposta por Scheerder, Claes & Willem (2017), a fim de estabelecer comparações entre sistemas esportivos de diferentes países. Como foi possível observar, a partir do levantamento de dados, a respeito de programas internacionais de financiamento público direto ao atleta, existem várias semelhanças entre estes e o Bolsa-Atleta brasileiro. A conclusão a que se chegou é que é possível suportar tal afirmação, mas não sendo possível apontá-lo como sendo “o maior” de forma irrefutável.
Palavras-chave: Programa Bolsa-Atleta. Esporte de Alto-Rendimento. Política Pública. Brasil.