Entende-se por doenças neuromusculares aquelas afecções decorrentes do acometimento primário da unidade motora, sendo que, nas crianças, a maior parte dessas afecções é geneticamente determinada. As doenças neuromusculares levam ao comprometimento progressivo da função pulmonar e motora, levando a alterações significativas destas e acentuando o surgimento da fadiga muscular central. A qualidade de vida é considerada como um importante indicador de prognóstico e de evolução das doenças neuromusculares, a qual é utilizada como forma de avaliar o risco de adoecer, além de indicador válido e importante dos benefícios globais do tratamento do paciente. O estudo teve o propósito de avaliar a fadiga central e seu impacto na qualidade de vida dos pacientes com doenças neuromusculares. Foi realizada uma avaliação contendo itens como idade, tempo de diagnóstico, funcionalidade, espirometria, pressão inspiratória e expiratória máximas, escala de severidade de fadiga, desempenho muscular e questionário de qualidade de vida. Na avaliação da qualidade de vida, notou-se que os pacientes avaliados não apresentavam sintomas de fadiga, mas, sintomas de depressão associados com relatos de insatisfação nos itens sobre relações sociais e meio ambiente. Sugere-se que os profissionais da área da saúde estejam aptos a reconhecer e saber diferenciar os sintomas de fadiga central dos sintomas de depressão, para que possam encaminhar os pacientes, no caso de depressão, também para o serviço psicológico e melhorar a qualidade de vida destes pacientes.Palavras-chave: doenças neuromusculares, alterações motoras e respiratórias, fadiga central, qualidade de vida.