Introdução: A Doença de Alzheimer (DA) é a causa mais frequente de demência e caracteriza-se por uma deterioração gradual e irreversível das funções cognitivas. Seu diagnóstico é realizado quando há indícios de mutação genética causadora dessa doença, dados por história familiar ou teste genético, além de sinais claros de decréscimo da memória e da aprendizagem. No que concerne ao tratamento, os principais fármacos baseiam-se nas hipóteses etiológicas da doença, de modo que são utilizados inibidores da acetilcolinesterase. Apesar dos efeitos benéficos da intervenção farmacológica, atualmente, não existe tratamento que impeça o avanço da doença, sendo questionável sua eficácia para alguns pacientes. Essa situação impulsionou o aparecimento de estudos baseados em terapias não-farmacológicas, as quais possuem como princípio intervenções psicossociais, que melhoram os sintomas cognitivos e comportamentais, atuando como otimizadoras dos tratamentos medicamentosos tradicionais. Portanto, este estudo visa descrever a importância e a eficiência da utilização da musicoterapia na vida de pacientes com Alzheimer. Metodologia: Artigo desenvolvido com base na literatura consultada nos bancos de dados Pubmed, Scielo e Lilacs. Foram incluídos artigos entre 2012 e 2022, que tratavam diretamente do assunto. Os descritores utilizadas foram “Alzheimer”, “Musicoterapia”, “Demência na doença de Alzheimer”, “Music therapy and Alzheimer”. Após avaliação dos critérios de inclusão, o embasamento teórico da discussão foi desenvolvido por meio de 19 artigos selecionados dentre todos os encontrados. Discussão: O avanço das Neurociências possibilitou uma maior compreensão sobre a relação entre música e sistema nervoso. A percepção do som envolve uma série de estruturas cerebrais, tais como áreas do córtex e áreas do sistema límbico. Essas áreas são envolvidas na percepção musical desde a percepção auditiva do som. Tanto a percepção primária do som quanto seu entendimento são modulados pela experiência emocional de ouvir música. A percepção pode estar preservada na demência e a presença da música pode recrutar atividade motora ou recuperação da memória. Isso ocorre tanto pela capacidade da música com ritmo regular, que ativa os sistemas motor e linguagem, como por meio da associação das palavras de uma canção e o efeito emocional evocado pela música poder minimizar a apraxia verbal decorrente do estresse. Conclusão: A musicoterapia frente aos fármacos tradicionais é uma alternativa para o tratamento de Alzheimer. É notória a sua importância, pois melhora o humor dos pacientes, atua na cognição e minimiza os efeitos da demência, o que torna essa terapia uma alternativa eficaz, devido ao baixo custo e a inexistência de efeitos colaterais. Contudo, mesmo com as pesquisas realizadas, ainda existem aspectos a serem aprofundados.