Auriculoterapia como prática integrativa para melhora da qualidade de vida em pacientes oncológicos

Abstract

A auriculoterapia vem ganhando visibilidade no mundo ocidental como uma técnica inovadora, sendo utilizada como prática integrativa e complementar, aliada às terapias tradicionais, para o enfrentamento do câncer. O presente trabalho objetiva sintetizar as evidências científicas acerca dos benefícios proporcionados pela auriculoterapia na qualidade de vida dos pacientes oncológicos. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, utilizando os descritores dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e Medical Subject Headings (MeSH) e estratégias de busca: “Auriculoterapia” AND “Câncer”; “Auriculoterapia” AND “Pacientes oncológicos” AND “Ensaio Clínico”, e suas respectivas variações na língua inglesa. Como critérios de inclusão encontram-se publicações indexadas nas bases 1) ScienceDirect, PubMed, SciELO e Google Acadêmico; 2) nos idiomas inglês e português; 3) presença de ensaios clínicos randomizados com pacientes oncológicos que receberam a intervenção de auriculoterapia; 4) artigos publicados entre 2003 e 2021. Foram excluídos estudos com evidência inferior a três pelos escores de Jadad, artigos em línguas diferentes de inglês ou português e com experimentação animal. Nos resultados, identificou-se que a auriculoterapia permite uma melhora da qualidade de vida dos indivíduos diagnosticados com essa condição, promovendo o controle da ansiedade e dor, além da sintomatologia adversa decorrente da doença e de seu tratamento. Assim, através da análise dos 10 artigos, identificou-se que a auriculoterapia, quando combinada à terapia medicamentosa, é uma técnica segura e de baixo custo capaz de aliviar, de forma eficaz, as dores oncológicas, além de melhorar a qualidade do sono e reduzir a ansiedade, a fadiga e a quantidade de analgésicos utilizados.

Auriculoterapia como prática integrativa e complementar a saúde no cuidado da ansiedade: revisão integrativa

“…Historicamente, desde a conferência de Alma Ata, no ano de 1978, existe um estímulo da Organização Mundial da Saúde (OMS) aos países membros quanto a inclusão de várias práticas integrativas e complementares (PIC) para a saúde nos sistemas públicos por todo o mundo (Brasil, 2022). No Brasil, as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) foram institucionalizadas no SUS pela Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PNIPC) desde Research, Society and Development, v. 12, n. 5, e21812541728, 2023 (CC BY 4.0) (Lima et al, 2022).…”