ResumoPretendo neste artigo fazer uma proposta de crítica às abordagens mais recentes da Teoria da História, mormente de Reinhard Koselleck e Jörn Rüsen, mas também dos pós-modernos, que identificam uma ruptura radical entre modelos de historiografia da Antiguidade clássica e da modernidade. Partindo das reflexões preliminares de Arnaldo Momigliano sobre a questão, proponho identificar tanto as abordagens dos autores citados quanto as dos pós-modernistas como parte de um Zeitgeist que desconsiderou algumas premissas antigas da relação entre história, utilidade, verdade e exemplo, oferecendo uma ressignificação de tais relações nos tempos atuais.
Palavras-chaveHistoria magistra vitae; Pós-modernismo; Historiografia antiga.
AbstractThis paper proposes a critique of some current views in Theory of History, mainly by Reinhart Koselleck and Jörn Rüsen, but also by the Post-Moderns, who identify a radical break between historiographical models of classical antiquity and modernity. Starting from the preliminary analysis of Arnaldo Momigliano on the issue, I propose to identify the different approaches of these modern authors as part of a Zeitgeist that has discarded some ancient assumptions of the relationship between history, truth, utility and example, offering a reframe of such relationships for our contemporary times.