A pesquisa tem como foco principal analisar, por meio da literatura, a prevenção de acidentes por perfurocortantes entre os profissionais de enfermagem. O estudo trata-se de uma pesquisa de revisão integrativa, esse tipo de pesquisa segue seis etapas durante sua construção. A busca se deu nas bases eletrônicas LILACS, BDENF, MEDLINE e SciELO. A coleta dos dados ocorreu utilizando os seguintes descritores: Contenção de Riscos Biológicos, Enfermeiros, Riscos Ocupacionais e Unidades de Terapia Intensiva. Os resultados mostraram que os procedimentos com maiores índices de acidentes foram: reencape de agulha (30%), administração de medicamentos (21,1%), manuseio incorreto de perfurocortantes e punção vascular (13,15%). Mostraram, também, que os acidentes com perfurocortantes ocorreram devido à inexperiência como um dos fatores que contribuem para sua ocorrência, além da falta de concentração, pressa, excesso de tarefas, emergências, não uso de equipamentos de proteção individual, redução da equipe e estresse. Além disso, observou-se que longas horas de serviço, turnos noturnos e trabalho de fim de semana aumentaram significativamente o risco de acidentes com agulhas. Enfermeiros que trabalham vários dias seguidos e têm turnos mais curtos têm maior probabilidade de sofrer acidentes com perfurocortantes. Devido à complexidade clínica dos pacientes e à variedade de procedimentos invasivos realizados por toda a equipe assistencial, a UTI é um ambiente crítico que requer atenção. Embora existam poucas publicações sobre esse tema, percebe-se que os principais determinantes da adesão são as medidas de biossegurança, como o conhecimento dos profissionais de enfermagem e as ações preventivas e promocionais, dentre elas o uso de EPI.