O objetivo foi verificar a percepção sobre o processo de ingresso e adaptação à Universidade de estudantes do primeiro semestre do Curso de Fonoaudiologia nos anos de 2017 e 2018. Para isso, foi elaborado um questionário semiestruturado com 10 questões dicotômicas (sim/não) e 1 questão aberta. Participaram 50 estudantes, majoritariamente do sexo feminino (90%) e com idade entre 18 e 27 anos. Destes, 38 (76%) tiveram que sair da casa dos pais, 17 (34%) apresentaram dificuldades ao ingressar na faculdade, 29 (58%) apresentaram problemas no processo de adaptação universitária e 49 (98%) e 50 (100%) afirmaram que os alunos e professores foram receptivos à sua chegada, respectivamente. 11 (22%) afirmaram ter presenciado ou sido vítimas de violência interpessoal/bullying e 48 (96%) notaram mudanças em si mesmos após o ingresso. 40 (90%) afirmaram que a experiência na Universidade estava correspondendo às expectativas anteriores ao ingresso, 49 (98%) concordaram que é um dever da Universidade oferecer algum tipo de ajuda e/ou apoio durante este processo, enquanto 48 (96%) afirmaram que a Instituição de ensino estava oferecendo tal auxílio. Como experiências individuais deste processo, os estudantes destacaram a importância do apoio da Universidade (26%), o impacto da mudança de rotina e apoio da família (16%), a organização de questões acadêmicas e curriculares (14%) e rituais iniciais como calouro(2%). Os estudantes concordaram que durante o processo de ingresso e adaptação à Universidade estão presentes demandas acadêmicas e pessoais que podem interferir em sua vivência universitária e que o apoio institucional é fundamental para auxiliá-los durante este período.