As Finanças Comportamentais são consideradas a nova era das finanças. Amparado em seus pressupostos, este trabalho teve o objetivo de detectar e comparar os níveis de aversão a risco em decisões financeiras de dois grupos de profissionais da saúde: um composto por aqueles expostos a situações de urgência (linha de frente no atendimento aos doentes da Covid-19) e outro composto por aqueles que atuam em situações hospitalares convencionais não-urgentes. Com a aplicação de um questionário a profissionais de ambos os grupos, foram obtidas respostas que possibilitaram testar a hipótese de que o trabalho em situações de urgência gera uma influência diferente no sentimento de aversão ao risco, do que os trabalhos hospitalares convencionais não-urgentes. Os resultados da análise estatística e do teste Qui-Quadrado revelaram que há uma pequena diferença de aversão ao risco entre os profissionais de ambos os grupos, sem apresentar, contudo, significância estatística. Os resultados revelaram ainda indícios de que os profissionais que atuam/atuaram na linha de frente contra a Covid19, em situações de ganho, aceitaram assumir maiores riscos, visando maior recompensa financeira. Já em situações que envolviam perdas, estes mesmos profissionais mostraram-se mais avessos ao risco, do que aqueles do outro grupo.