“…As diferenças de tempo de escolaridade dispendido para a formação profissional dos auxiliares/técnicos de enfermagem e enfermeiros impactam no reconhecimento e reflexão de sua própria prática, na atenção à saúde prestada aos usuários e nas relações entre os profissionais, que muitas vezes se caracterizam pela hierarquização de conhecimentos técnicos, colaborando para a reiteração da desigual valoração social do trabalho dos profissionais (Cardoso et al, 2011;Kobayashi, Leite, 2004;Maciel, Santos, Rodrigues, 2015;Marsiglia, 2006;Scherer et al, 2016). A desigual valoração social dos trabalhos e dos trabalhadores de enfermagem (Formiga, Germano, 2005;Melo, 1986;Peduzzi, 2001;Pires, 2009) (Cardoso et al, 2011;Kobayashi, Leite, 2004;Maciel, Santos, Rodrigues, 2015;Marsiglia, 2006;Ximenes Neto et al, 2008;Scherer et al, 2016). Os poucos estudos encontrados que trazem como objeto de pesquisa o processo de trabalho do auxiliar/técnico de enfermagem na APS apontam que os profissionais de nível médio constituem número significativo de trabalhadores nas unidades básicas de saúde e que mesmo assim pouco se investiga sobre seu trabalho frente às perspectivas de mudanças no modelo de atenção à saúde (Cardoso et al, 2011), e não há uma descrição detalhada das responsabilidades que esses profissionais podem desenvolver na APS (Maciel, Santos, Rodrigues, 2015 (Almeida Rocha, 1986;Castellanos, 1987;Castellanos et al, 1989;Graciete Borges, 1986;Melo, 1986;Peduzzi, Anselmi, 2002;Peduzzi, Anselmi, 2003;Pinho, Santos, Kantorski, 2007;Pires, 1989;Pires, Matos, 2006).…”