Avaliação clínica de crianças e adolescentes asmáticos: relevância da atenção interdisciplinar

Abstract

Estudo descritivo, retrospectivo, que objetivou avaliar as condições clínicas de crianças e adolescentes com asma, ao iniciarem o tratamento e após seis meses de acompanhamento por equipe multiprofissional, com foco na atenção interdisciplinar. Pesquisa desenvolvida em ambulatório de referência terciária para a atenção à asma infantil, em Goiânia, Goiás, Brasil. Foram coletados dados de 101 prontuários entre janeiro e março de 2013. As crianças e adolescentes eram predominantemente do sexo masculino (70,3%), com idade entre dois e cinco anos (31,7%) e classificadas como casos de asma persistente moderada (47,6%). Após o acompanhamento durante seis meses, verificou-se que a maioria (64,4%) obteve controle total ou parcial da doença, redução de todos os sintomas identificados na primeira consulta e apresentaram alta adesão ao tratamento farmacológico proposto (70,3%). A atenção interdisciplinar pode resultar na melhoria do manejo clínico e contribuir para o avanço na qualidade da assistência a crianças e adolescentes asmáticos.

Fatores Que Influenciam No Cuidado Às Crianças Com Agravos Respiratórios Na Atenção Primária À Saúde

“…A resolutividade da APS é apontada nos estudos analisados como determinante para a redução da taxa de ICSAP. (1,27,29,30,32) Diante da necessidade de ações resolutivas no âmbito da atenção básica, a fim de minimizar as internações decorrentes dos agravos respiratórios nas crianças, considera-se que as ações de promoção à saúde e prevenção de doenças são práticas de extrema importância nessa esfera. (1,32) O planejamento de ações específicas para o manejo do cuidado dessas crianças na APS, também contribuem (36) Analisar as características definidoras do diagnóstico de enfermagem "desobstrução ineficaz de vias aéreas" em crianças com infecção respiratória aguda.…”

“…2022;13:e-202224ESP1 5 para redução de prejuízos para a saúde infantil e de custos relacionados aos atendimentos secundários, urgência/ emergência e internações. (29,30) Estudo destacou como o governo, por meio da inserção de políticas que ampliaram a disponibilidade de corticosteroides inalatórios, que incluíram a vacina pneumocócica no Programa Nacional de…”

“…(24) Em relação aos sinais e sintomas observados em crianças durante a internação hospitalar, nota-se: tosse, sibilos, dispneia, febre, broncoespasmo, taquipneia, espirros, prurido nasal, prurido ocular, gotejamento pós-nasal e coriza aquosa. (26,29) Crianças que aderiram ao tratamento proposto por um Programa de Atenção às Crianças Portadoras de "Chiado no Peito" promovido em UBS, apresentaram uma redução no número de crises de asma e nos atendimentos de urgência/emergência, e também nas doses de corticosteroides inalatórios, durante o período de acompanhamento. (28) Outro estudo aponta que o acompanhamento de crianças asmáticas por uma equipe multiprofissional, que atue de forma integrada, promove de maneira mais eficaz, a redução dos sinais e sintomas das crianças, impactando positivamente para o controle da doença.…”

“…(28) Outro estudo aponta que o acompanhamento de crianças asmáticas por uma equipe multiprofissional, que atue de forma integrada, promove de maneira mais eficaz, a redução dos sinais e sintomas das crianças, impactando positivamente para o controle da doença. (29) Sob a ótica de mães ou cuidadores das crianças, há fragilidade nos serviços ofertados pela APS, uma vez que os atributos desse nível de atenção não estão bem estabelecidos.…”

Ser-criança com asma: assumindo suas particularidades e lidando com restrições

“…Devido à cronicidade, o tratamento da asma é prolongado e exige uma interação efetiva entre o paciente, os cuidadores e a equipe multiprofissional que presta assistência. No contexto infantil, a atenção interdisciplinar tem se mostrado efetiva para a melhora clínica da asma, devendo ser valorizada no processo (7) . Além disso, intervenções focadas no cuidado centrado no paciente e na família, melhoram a satisfação e a comunicação durante as interações clínicas (8) .…”