INTRODUÇÃO: Com a finalidade de investigar a etiologia dos sintomas osteomusculares em professores, estudos tem abordado a relação entre o trabalho docente e as possíveis particularidades da profissão que podem levar ao adoecimento físico dos professores. OBJETIVO: Analisar os sintomas osteomusculares de professores do ensino fundamental da cidade de Matinhos (PR). MATERIAIS E MÉTODOS: Foram avaliados 126 professores (120 mulheres e seis homens, 38,6 ± 9 anos) por meio de um questionário contendo dados gerais e ocupacionais e pelo questionário nórdico. Análises estatísticas univariadas desses questionários foram realizadas com o teste qui-quadrado. Um modelo linear logístico múltiplo foi estabelecido para predizer as variáveis respostas do questionário nórdico a partir das variáveis independentes do questionário de dados gerais e ocupacionais. RESULTADOS: A presença de dor não indicou associação significativa com a idade, realização de atividade física, número de alunos por classe e tempo de profissão (p > 0,05), relacionou-se apenas com o número de classes que lecionavam (p = 0,02). Porém, a presença de dor nos últimos 12 meses teve relação com o impedimento de realizar atividade nos últimos 12 meses e a procura por algum profissional da saúde (p > 0,05). Dos participantes, 95,2% apresentaram algum sintoma osteomuscular. As áreas mais atingidas foram lombar (51,5%), região dorsal (49,2%), ombro (49,2%) e pescoço (47,6%). CONCLUSÕES: Os professores apresentaram elevada prevalência de sintomas osteomusculares, especialmente na lombar, nos ombros e na região dorsal, os quais, por sua vez, provocaram o impedimento de realizar atividades cotidianas.