Avaliação Da Condição Geomorfológica Da Bacia Do Rio Macaé – Rj a Partir Da Metodologia De Classificação Dos Estilos Fluviais

Abstract

ResumoDiante dos problemas ambientais, que direta ou indiretamente afetam a funcionalidade geomorfológica e ecológica dos rios, a utilização de técnicas para classifi cação de tipologias fl uviais vem se tornando uma metodologia com apelo para a gestão de bacias hidrográfi cas por permitir compreender as interdependências que ocorrem entre os diferentes trechos do rio desde a nascente até a foz. O presente trabalho foi desenvolvido com o objetivo de analisar tipologias fl uviais ao longo de diferentes ambientes na bacia do rio Macaé, contextualizando-os no processo de evolução da paisagem a partir da metodologia de classifi cação geomorfológica de canais denominada estilos fl uviais (river styles). A caracterização de estilos fl uviais na bacia do rio Macaé foi realizada a partir de uma rede de avaliação hierarquizada de "parâmetros chave", referente aos principais controles da forma e comportamento do rio, sendo eles: compartimentação geomorfológica; característica do vale; forma em planta do canal; geometria do canal; unidades geomorfológicas; e composição do leito. Com base na metodologia proposta foram identifi cados sete estilos fl uviais cuja diferenciação permitiu compreender, de forma integrada, as formas e processos que caracterizam os diferentes ambientes fl uviais, compará-los, assim como identifi car sua distribuição espacial na bacia. Neste contexto, o sistema hidrográfi co do rio Macaé pôde ser caracterizado como uma grande área de nascentes e canais erosivos que produzem e liberam efi cientemente matéria e energia até os compartimentos mais baixos do relevo, que por sua vez o processam com menor velocidade até os trechos retifi cados, onde há novamente um aumento da capacidade de transporte até a saída do sistema na cidade de Macaé.

Hydrology of the Rio Doce Hydrographic Basin in the State of Espírito Santo, Brazil / Hidrologia Da Bacia Hidrográfica Do Rio Doce No Estado Do Espírito Santo, Brasil

“…Segundo Christofoletti (1980) a vazão em um canal fluvial é função de vários fatores morfológicos como declividade, profundidade, largura e sinuosidade. Lima & Marçal (2013) ressaltam que um só rio é capaz de apresentar distintos aspectos morfológicos e fluviais responsáveis pelo controle hidrodinâmico ao longo de cada segmento de seu curso, com destaque para o estilo fluvial (ou grau de confinamento) que corresponde ao grau dos ajustes vertical e horizontal do canal aos arcabouços geológico, geomorfológico e, em alguns casos, às interferências antrópicas como a construção de barragens, por exemplo.…”

“…Na bacia hidrográfica do Rio Doce observou-se parcial influencia do grau de confinamento sobre as vazões, considerando que nas seções transversais das drenagens, de montante para a jusante, dominam os graus de confinamentos parcialmente e não confinado, segundo a classificação proposta por Lima & Marçal (2013). Esta característica pode ser observada entre as estações da microbacia do Rio Gandu.…”

River Styles of the São Gonçalo Riacho, Bastiões River Water Basin, Ceará / Estilos Fluviais Do Riacho São Gonçalo, Bacia Hidrográfica Do Rio Bastiões- Ceará

“…A metodologia dos Rivers Styles possibilita a classificação de segmentos do curso fluvial que apresentam um conjunto de características geomorfológicas e hidrodinâmicas comuns, contribuindo para distinguir o caráter (estrutura geomorfológica do rio, incluindo forma em planta e geometria) e comportamento (características hidráulicas do canal, tipo de materiais transportados e depositados, sua relação com a planície e a susceptibilidade às mudanças geomorfológicas) para cada tipo de rio. Ademais, tal proposta permite identificar as relações entre processos e formas ao longo dos canais fluviais, em seus diferentes segmentos, de modo que um rio pode apresentar diferentes estilos, conforme cada segmento interage de modo particular com a paisagem ao redor FRYIRS, 2005;LIMA;MARÇAL, 2013).…”

Edição Especial Revista Equador_ Xvi Sbgfa. Vol. 04 N.03 Ano 2015 -Pag 456 - 896

“…A visão sistêmica surgiu como revitalizadora para a ciência geográfica, especificamente para a geografia física. Atualmente, a opção por estudar a organização dos sistemas ambientais pela ótica do método geossistêmico se mostra cada vez mais oportuna e tem sido aplicada por numerosos estudiosos do meio ambiente MARÇAL, 2006).…”