O acesso à saúde bucal tem sido analisado como parte do processo de integralidade do cuidado. Este trabalho teve como objetivo revisar a literatura científica brasileira sobre acesso à saúde bucal entre 2007 e 2014. A partir da pergunta formulada, foram revisadas as bases de dados PubMed/MEDLINE, LILACS, SciELO, Scopus e BIREME/BVS. Além de aspas para palavras compostas, para serem recuperadas juntas, foram utilizados operadores booleanos para ampliar ou especificar a pesquisa em busca da melhor informação. Foram selecionados descritores válidos e aplicados os filtros: texto completo, idiomas (inglês e português), ano, assunto e tipo de documento (artigo completo). Fizeram parte da análise 35 artigos. Houve uma grande diversidade no percurso metodológico (desenho) dos estudos, sendo 24 (68,57%) do tipo epidemiológico transversal e 5 (14,28%) do tipo epidemiológico ecológico. O maior nível de evidência científica encontrado foi do tipo ensaio comunitário, utilizado em apenas 1 (2,85%) artigo. Não foi encontrado nenhum artigo do tipo epidemiológico longitudinal. No presente estudo, identificou-se o acesso à saúde bucal como um dispositivo transformador da realidade, modulado por aspectos contextuais, de serviço e individuais.Palavras-chave: saúde bucal; acesso aos serviços de saúde; Sistema Único de Saúde.
ABSTRACTAccess to oral health has been examined as part of the process of integrality in health care. This paper aimed to review the Brazilian scientific literature on access to oral health between 2007 and 2014. From the elaborated question, these databases were reviewed: PubMed/MEDLINE, LILACS, SciELO, Scopus and Bireme/BVS. In addition to the use of quotation marks for compound words to be retrieved together,boolean operators were applied to expand or specify the search for the best information. Valid descriptors were selected and, then, filters applied: full text, languages (English and Portuguese), year, subject and type of document (full article). A total of 35 articles were selected. There was a great diversity in methodology of the studies, as 24 (68.57%) were cross section and 5 (14.28%) were articles with an ecological approach. The highest level of scientific evidence found was the community trial and was used in only one article (2.85%). It was not found any longitudinal article. It was possible to identify the access to oral health as a device transformer of reality, modulated by contextual, services and individuals factors.