A saúde pública brasileira aponta para a necessidade de mudanças, que, entre outros fatores, dependem de uma atenção humanizada na perspectiva do cuidado integral da saúde dos internados e de seus cuidadores. Na saúde, deve-se considerar que a construção da relação entre sujeitos (paciente e cuidador) é um instrumento poderoso para que essa mudança ocorra. Este artigo tem como objetivo geral identificar a concepção dos profissionais do Hospital Universitário Júlio Muller quanto ao cuidado com a saúde do cuidador informal, para tanto o trabalho visa responder à seguinte pergunta problema: qual é a concepção de saúde e doença, sob a ótica dos profissionais de saúde, e as respectivas ações (ou atendimento) ofertadas por esses profissionais ao cuidador informal no período de internação do paciente? Como metodologia, foi utilizada a análise qualitativa, por meio de entrevista semiestruturada com profissionais de saúde que atuam na clínica médica do HUJM. Parte-se da premissa de que o cuidador informal merece ser considerado como um membro integrante do processo de cuidados, em que seu bem-estar e promoção também sejam levados em consideração, assim como a prevenção de situações extremas requer, por parte dos profissionais de saúde, uma atenção particular, uma vez que deles também depende a recuperação dos pacientes internados. No entanto, da análise realizada no HUJM, foi possível constatar que existe uma falta de articulação entre o hospital e as possibilidades para a oferta de serviços de cuidador, que leva à necessidade de se rever questões de ordem estruturais e de comunicação entre o corpo hospitalar, os pacientes e os cuidadores.