O presente texto se encontra ligado ao estudo da história das instituições escolares, mais precisamente no que diz respeito àquelas que ofertaram educação especial na cidade de Campo Grande (MS), sendo que o objetivo do estudo foi conhecer a história do ISMAC. A metodologia utilizada foi pesquisa documental que se realizou nos acervos da instituição, a qual objetivou a identificação, a seleção e a digitalização de fontes, o que possibilitou conhecer parte de sua história e também resultados da minha pesquisa de mestrado. No dia 04 de fevereiro de 1957, sob o lema: "Assistência, Trabalho e Educação", então, foi fundado o Instituto Sul-Mato-Grossense Florivaldo Vargas (ISMAC) foi pelo Sr. Florivaldo. Ele que trabalhava como cobrador das mensalidades ofertadas à Associação Linense de Cegos que se sediava em Lins (São Paulo), incumbido dessa região de Campo Grande, percebeu que os cegos desta cidade sobreviviam de mendicância, única para sobreviver ou viviam enclausurados pela família para escondê-los da sociedade. Ele decidiu, deste modo, tentar os levar para serem atendidos na Associação Linense de Cegos, com o intuito de que aprendessem braile e uma profissão, porém lá não foram aceitos. Florivaldo que era cego, mudou-se para Campo Grande acompanhado de alguns familiares e amigos também deficientes visuais, sustentando o sonho de criar nessa cidade uma instituição para o atendimento às pessoas cegas. O ISMAC foi instalado primeiramente numa sede provisória localizada à Rua sete de setembro, no número 456/458, onde residiam pessoas cegas já adultas e seus familiares; posteriormente por visibilidade dos seus trabalhos desenvolvidos, principalmente pela alfabetização em braile, o instituto ganhou um terreno localizado na 25 de dezembro, número 262, para a construção de sua sede própria, onde ainda se encontra localizado. Hoje, o instituto conta com sessenta e seis (66) anos de trajetória prestando assistência aos deficientes visuais (cegos e portadores de baixa visão), ele vem contribuindo com a reabilitação e assistência social às pessoas com deficiência visual com o objetivo de que se aprimorarem socialmente e intelectualmente, inserindo-os no mundo da leitura para ingresso no ensino regular e no mercado de trabalho.