Na literatura oftalmológica encontramos casos descritos de infecções oculares bacterianas transmitidas por colírios contaminados 1,2 . A manutenção da esterilização dos medicamentos usados topicamente é importante visto que em muitas situações pode haver uma modificação da defesa natural do próprio paciente 3, 4 .O colírio de sangue autólogo é utilizado para o tratamento de doenças como a ceratoconjuntivite sicca 5-8 , e em geral pacientes que fazem uso deste tipo de medicação possuem alterações de superfície ocular, o que pode predispor a possíveis infecções oculares [7][8] .Outros estudos que analisaram a contaminação de colírios anestésicos associados ou não ao corante vital fluoresceína 4 , ou colírios de uso geral 3,9 , verificaram que existe a possibilidade de contaminação tanto por microorganismos Gram positivos como por microrganismos Gram negativos.Este estudo tem como objetivo avaliar a contaminação de resíduos em frascos de colírios de soro autólogo após o uso tópico.
MÉTODOSForam avaliados os resíduos de 127 frascos de colírios de sangue autólogo 100% manipulados pelo laboratório Oftalmolab no período de Dezembro de 1998 a Abril de 2000.