Nos últimos anos tem havido um crescente interesse na noção de colaboração no campo científico, sendo senso comum pressupor que a colaboração em pesquisa é algo bom, e que deve ser incentivado. As numerosas iniciativas de colaboração tanto entre pesquisadores individuais quanto com grupos de pesquisa tem servido a vários objetivos, como, por exemplo, para centros mais inexperientes buscarem articulação com centros de excelência, para se ampliar o escopo multidisciplinar das investigações quando a agregação acontece entre pesquisadores de várias áreas, para se estreitar as relações entre ciência e tecnologia buscando maior impacto da pesquisa em setores econômicos ou nas políticas públicas sociais, ou mesmo visando a aumentar o nível de intercambio internacional entre centros de pesquisa de diferentes países. Entretanto, embora a colaboração em pesquisa seja uma realidade, pouca atenção tem sido dada a esse conceito aplicado à pesquisa. Katz e Martin (1996) consideram que o fenômeno da colaboração em pesquisa está longe de ser simples, pois pode assumir muitas formas, podendo ir desde a oferta de conselhos e partilhas de conhecimentos até uma participação mais ativa na concepção, coleta, análise e divulgação dos (*) Apoio: Capes e CNPq.