Avaliação De Fatores De Risco E Prevalência Da Hipertensão Arterial Sistêmica Entre Os Acadêmicos Do Primeiro E Oitavo Períodos Da Faculdade De Medicina De Barbacena

Abstract

Objetivo: Determinar a prevalência e os fatores de risco para hipertensão arterial em acadêmicos do primeiro e oitavo períodos da Faculdade de Medicina de Barbacena. Metodologia: Foram utilizados questionários e aferição de pressão arterial para obtenção dos resultados. Valores maiores ou iguais a 140 mmHg para a pressão sistólica e/ou 90 mmHg para a pressão diastólica em pelo menos duas aferições realizadas em momentos diferentes foram considerados como risco do desenvolvimento da HA. Nos questionários foram obtidas informaçõessociodemográficas e acerca dos fatores de risco para a doença estudada. Resultados: A amostra foi constituída de 110 estudantes, dos quais 80 aceitaram participar da pesquisa. As variáveis relacionadas com o risco do desenvolvimento da HA foram: ICQ (índice cintura quadril), PAD (pressão arterial diastólica), tabagismo e etilismo. Conclusão: A prevalência de HA e de seus fatores de risco entre os acadêmicos de Medicina foi baixa, entretanto, observou-se que os que cursavam o oitavo período tiveram maior prevalência de fatores de risco, como tabagismo e etilismo.

Avaliação dos Fatores de Risco Cardiovascular nos Estudantes de Medicina: Revisão de Literatura / Evaluation of Cardiovascular Risk Factors in Medical Students: Literature Review

“…Essa patologia é caracterizada por uma elevação sustentada da pressão arterial e, normalmente, apresenta associação com distúrbios metabólicos e com alterações tanto estruturais quanto funcionais de órgãos-alvo, podendo desencadear alguns eventos como a morte súbita, o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), o acidente vascular encefálico, a insuficiência cardíaca, a doença renal crônica e a doença arterial periférica (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2016). Dentre os principais fatores de risco para o desenvolvimento da HAS, destacam-se o sobrepeso e a obesidade, a ingesta de sal, o consumo de álcool, o sedentarismo e a história familiar de hipertensão (SANTOS et al, 2017).…”

“…Mesmo com acesso a informações de alto nível em relação ao desenvolvimento das DCVs, os estudantes, ao ingressarem no mundo acadêmico, muitas vezes, iniciam ou consolidam comportamentos menos saudáveis, como a ingesta de bebida alcoólica e o tabagismo. É evidente que, com essas condutas bastante difundidas e praticadas, há um prejuízo à saúde dessa população jovem (BARBOSA et al, 2015;SANTOS et al, 2017). No estudo realizado por Giri et al (2012), foi possível observar uma alta prevalência relacionada tanto ao consumo de bebidas alcoólicas quanto ao tabagismo, já que 36,5%, mais que um terço dos estudantes, consomem bebidas alcoólicas e 22% são tabagistas.…”

“…No estudo realizado por Giri et al (2012), foi possível observar uma alta prevalência relacionada tanto ao consumo de bebidas alcoólicas quanto ao tabagismo, já que 36,5%, mais que um terço dos estudantes, consomem bebidas alcoólicas e 22% são tabagistas. Resultados semelhantes também foram encontrados na pesquisa feita por Santos et al (2017), que demonstrou uma prevalência de tabagismo e de consumo de bebida alcoólica em 12,5% e 35% da população estudada, respectivamente. De acordo com estudo realizado por Raza et al (2010) (BARBOSA et al, 2015).…”

“…Outro estudo realizado porIbrahim et al (2014) também reforçou a presença de uma alta prevalência de sedentarismo entre os estudantes, já que a taxa apresentada foi de 57,9%. Acredita-se que o predomínio de sedentarismo nos estudantes de medicina esteja associado à dificuldade em estabelecerem uma rotina diária para a realização de atividade física, visto que frequentam aulas em períodos integrais(SANTOS et al, 2017).…”

“…HEINISCH, 2007). De acordo comRimárová et al (2018), 47,53% dos estudantes de medicina consideram que o estresse está relacionado ao ambiente universitário.Outra percepção está no estudo realizado porSantos et al (2017), que identificou que a prevalência de estresse relatado pelos estudantes foi mais baixa, com um total de 13,75%.Além dos fatores de risco modificáveis, também devem ser avaliados os FRCV não modificáveis, como é o caso da história familiar. Segundo o estudo realizado porNyombi et al (2016), foi possível verificar de 12,2% dos participantes tinham história familiar de HAS.Ademais, foi possível visualizar que no estudo realizado porRaza et al (2010), com 132 estudantes de medicina, a prevalência de história familiar relacionada a DCVs foi de 56,8%.Mesmo com uma alta prevalência de alguns FRCV entre os estudantes de medicina, o estudo realizado porRimárová et al (2018) demonstrou que 73,35% dos participantes consideram sua saúde como muito boa ou excelente.…”