<p><strong>Introdução</strong>: alguns indicadores antropométricos se caracterizam por serem facilmente aplicados e amplamente utilizados para a avaliação da obesidade e distribuição da gordura corporal, constituindo um dos primeiros passos para identificar risco inicial à saúde. <strong>Objetivo</strong>: avaliar e identificar a frequência de obesidade geral e abdominal por meio de indicadores antropométricos e verificar a presença de comorbidades em indivíduos que participaram das reuniões educativas e atividades do NASF do Município de Candói, Paraná. <strong>Metodologia</strong>: trata-se de um estudo quantitativo e transversal, com aplicação de questionário para conhecer as comorbidades e caracterizar a amostra por meio da aferição de peso, estatura e circunferência da cintura (CC), além da determinação do índice de massa corporal (IMC) e relação cintura-estatura (RCE). Nas análises de associação, utilizou-se o teste de qui-quadrado seguido do cálculo das razões de chance (RC). <strong>Resultados</strong>: a maior parte da amostra foi classificada como sobrepeso/obesidade (69,2%), com base no IMC, e apresentou elevados índices de obesidade abdominal pela CC e RCE. Os valores de CC aumentados foram observados em 83,01% dos pacientes. Em relação a RCE, o valor adequado foi verificado em apenas 14,5% dos participantes. As associações entre os índices antropométricos e as demais variáveis mostraram diferenças estatisticamente significativas em relação à idade dos participantes, revelando maior frequência de RCE aumentada em pacientes com 60 anos ou mais (RC = 8,53, p = 0,01). Dentre as comorbidades, o destaque foi a presença da hipertensão arterial sistêmica. <strong>Conclusão</strong>: além das elevadas frequências de obesidade geral, obesidade abdominal e da presença de comorbidades, como a hipertensão arterial sistêmica, a RCE foi o índice antropométrico capaz de sugerir risco cardiometabólico aumentado em idosos. Neste sentido, este estudo mostra a capacidade de caracterizar os usuários do sistema público de saúde com potencial para o desenvolvimento de doença cardiovascular através do uso de ferramentas antropométricas de baixo custo, e assim, poder dar suporte para ações corretivas a nível de políticas públicas municipais.</p>