Este artigo se propõe a investigar os principais ganhos e dificuldades encontrados na adoção e uso do BIM (Building Information Modeling) como ferramenta de auxílio para o gerenciamento de custos de projetos nos escritórios brasileiros de arquitetura e engenharia. O estudo foi conduzido a partir de uma revisão sistemática da literatura, contemplando a análise de 34 artigos publicados no Brasil entre 2011 e 2021. Houve um crescimento no interesse por esse tema, tendo havido uma maior recorrência de publicações em anais de congresso do que em periódicos. O Estudo de Caso e o Design Science Research (DSR) foram os métodos de pesquisa mais adotados; e o software Revit®, a ferramenta mais empregada. Os principais ganhos elencados para a orçamentação em BIM foram a extração automática de quantitativos, a melhor visualização proporcionada pelo modelo virtual e a facilidade em testar hipóteses construtivas. Por outro lado, a dificuldade de definição de um nível de detalhamento e de qualidade do modelo adequados à elaboração do orçamento foi o obstáculo mais citado. No que concerne particularmente ao sistema referencial de custos SINAPI, foi identificada a necessidade de adaptações para melhor integrar este sistema com o BIM. A principal conclusão é que, caso sejam pré-estabelecidas as diretrizes de modelagens, o BIM pode contribuir significativamente para maior assertividade em processos de orçamentação.