As mãos são vias de transmissão de microrganismos pois entram em contato com diferentes objetos no dia a dia, incluindo o dinheiro. Com o desgaste das cédulas, ocorre acúmulo de umidade, impurezas e bactérias, que são favorecidas pelo óleo produzido na polpa dos dedos e depositados em meio às rachaduras no papel-moeda. Embora a luz ultravioleta contínua (UV-C) possa ser empregada na descontaminação de objetos e superfícies, é necessário conhecer o tempo de exposição ideal, para assim, utilizá-la de forma eficiente. Esse estudo objetivou avaliar a eficácia da exposição à UV-C na descontaminação de cédulas do real. Foram analisadas quatro cédulas sendo três de R$2,00 e uma de R$5,00, selecionadas aleatoriamente. Os experimentos foram realizados em duplicata no Laboratório Clínico da PUC Goiás, empregando-se os meios de cultura TSB e PCA. As amostras foram coletadas com swabs umedecidos em caldo TSB estéril, antes e após a exposição das cédulas à luz UV-C durante 5, 10 e 20 minutos. Após a coleta, as amostras foram semeadas em caldo TSB e incubadas à 36ºC. Após 24h, 100μl do caldo TSB foram semeados na superfície do ágar PCA, o qual foi incubado à 36ºC por 24h. Na sequência realizou-se a leitura dos experimentos. Os resultados evidenciaram a presença de de microrganismos mesófilos aeróbios totais (MMAT) em todas as cédulas avaliadas antes e após exposição durante 5 e 10 minutos à luz UV-C. Por outro lado constatou-se que após 20 minutos de exposição à luz UV-C, houve 100% de descontaminação das cédulas do real.