A população brasileira vem enfrentando modificações nos padrões de morbimortalidade, podendo as tecnologias auxiliar na organização dos serviços e prestação do cuidado. Esta revisão integrativa teve por objetivo analisar as contribuições do desenvolvimento de softwares no Brasil para a organização e a integração das ações e dos serviços de saúde. Foram analisados 17 materiais entre 2008 e 2013, sendo a maioria dos autores do Sudeste brasileiro, sinalizando uma quase hegemonia desta região. Quanto à finalidade principal, 47% destinava-se a organização dos serviços, 29,4% ao diagnóstico e 23,6% ao monitoramento, prevenção e tratamento de doenças. Todos eles possuíam relação com a vigilância em saúde e nenhum abordava a promoção da saúde. Os usuários finais eram em maior parte profissionais da saúde (70,6%). Apesar de positiva a presença de softwares para organização dos serviços e diagnóstico, a carência de estudos quanto ao monitoramento, tratamento e prevenção de doenças, com ausência daqueles para a promoção da saúde, evidencia uma valorização de estudos voltados para a doença quando se poderia trabalhar também no sentido de evitar causas preveníveis. As proposições dos softwares podem trazer benefícios, mas aponta-se a necessidade de ampliar as opções de uso quanto à finalidade e aos usuários. Palavras-chave: Saúde, Software, Serviços de Saúde, Organização dos Serviços.