Resumo: A citricultura em Goiás vem se sobressaindo no cenário brasileiro, visando competir com o mercado de São Paulo. No entanto, as variedades cultivadas comercialmente no país e em Goiás são consideradas limitadas, visto o amplo mercado que esse tipo de fruta pode atingir. Assim, objetivou-se caracterizar física e quimicamente, três variedades de tangerinas, Ponkan, Kiomi tangor e Dekopon, produzidas no Estado de Goiás, visando qualidade para consumo in natura e/ou processamento, de forma a competir no mercado brasileiro. Foram coletados 30 frutos de cada variedade, obtendo-se um delineamento inteiramente casualizado com 3 variedades e 30 repetições. Os frutos foram avaliados quanto ao peso, altura, diâmetro com casca e sem casca, número de sementes por fruto e rendimento de suco. Quimicamente foram analisados o teor de sólidos solúveis (ºBrix), acidez titulável (%), e ratio (SST/acidez). Os dados foram submetidos à ANOVA e comparadas pelo teste Tukey a 5%. A Dekopon apresentou o maior tamanho e peso de frutos, e a Ponkan a que apresentou os menores frutos. Não houve diferença significativa entre a Dekopon e a Kiomi tangor para o rendimento de suco. A Dekopon se destacou pelo fato de não possuir sementes, o que seria uma preferência para consumo in natura e processamento. Esta também se sobressaiu quanto ao teor de sólidos solúveis, podendo ter maior comercialização in natura. As variedades analisadas apresentaram potencial para competir no mercado, sendo a Kiomi tangor indicada para indústria, e as demais para consumo in natura.