Avaliação do ciclo de vida da construção civil habitacional brasileira

Abstract

A construção civil habitacional demanda grande quantidade de recursos naturais, gerando danos significativos ao meio ambiente. O presente trabalho tem como objetivo quantificar os impactos ambientais potenciais negativos dos insumos mais relevantes usados na construção de edificações residenciais por m² de área construída. Para representar as construções mais usuais no Brasil, foram utilizados como referência para os cálculos de insumos, três projetos residenciais padrão popular, empregados em programas habitacionais governamentais, com número de pavimentos e métodos construtivos distintos. Os impactos ambientais potenciais negativos foram estimados utilizando a metodologia Avaliação do Ciclo de Vida. Os resultados demonstram que os maiores impactos ambientais negativos, estão relacionados às edificações com mais de um pavimento, sobretudo em função do uso do cimento Portland e do revestimento cerâmico. Por fim, o presente estudo, fornece informações que auxiliam a tomada de decisão, na elaboração de projetos de arquitetura, nos processos construtivos e na aquisição de materiais de construção, visando minimizar os impactos ambientais potenciais negativos.

Evaluation of Street Tree Inventories in a neighborhood in Rio Claro/SP - Brazil

“…O cenário de elevado crescimento da população urbana, em consonância com o aumento de novas tecnologias, resultou em cidades cada vez mais ocupadas por grandes edificações modernas, nas áreas nobres e casas pequenas e empilhadas, em áreas com vulnerabilidade socioeconômica. Percebe-se um uso excessivo de vidros e, principalmente do concreto, materiais que aumentam a retenção de calor e contribuem para o aumento da temperatura nos centros urbanos (Farias, 2022).…”

“…O aumento da temperatura, decorrente do processo da urbanização, assim como a perda da vegetação urbana, aumento da impermeabilização do solo e da canalização de corpos d'água que adentram os municípios, favorecem a formação de ilhas de calor, ou seja, locais com baixa umidade relativa do ar e temperaturas elevadas. O desenvolvimento da ilha de calor acontece pela menor disponibilidade de vapor de água no ar, reduzindo a umidade absoluta e, dadas as maiores temperaturas do ar, estabelecendo em uma queda ainda mais acentuada da umidade relativa que é proporcional à temperatura do ar (Vianna, 2018;Amorim, 2019).Outro impacto da elevada urbanização é o aumento da poluição pela liberação de gases nocivos, como o dióxido de carbono (CO2) e o ozônio (O3), pelos meios de transporte e principalmente pelo aumento das áreas asfaltadas (Farias, 2022).…”