“…Os hábitos cotidianos, escolha de atividades de lazer, maior acesso a equipamentos eletrônicos, lazer pautado em atividade com telas, fast food, alimentos industrializados e a influência ambiental e familiar podem explicar essa prevalência de sobrepeso e menor ACR em crianças de escola privada, teoricamente com melhor condição socioeconômica, como o encontrado no presente estudo. Outros estudos que avaliaram a aptidão física de escolares da rede pública e privada encontraram resultados variados, com bons índices de FLE e ACR e escores baixos de RAB (VERARDI et al, 2007) e ACR (ALEXANDRE et al, 2015), sendo esse último estudo apenas com escolares de escola pública, diferente de nossos achados. Do mesmo modo, diferentemente do encontrado em nosso estudo, em países desenvolvidos a obesidade e inatividade física na infância são apontados como fenômenos característicos de crianças com menor condição socioeconômica e detectados com maior frequência em escolas periféricas (BEL-SERRAT et al, 2018), o que parece ser explicado pelo menor acesso à informações nutricionais, menor oportunidades de práticas esportivas extras e menor importância atribuída à prática de atividade física regular (BLACK et al, 2018;VANDENDRIESSCHE et al, 2012).…”