Avaliação Do Desempenho De Nutrizes E Recém-Nascidos Durante a Mamada No Período Neonatal: Estudo Comparativo

Abstract

Objetivo: avaliar o desempenho de nutrizes e recém-nascidos, durante a mamada, no período neonatal e identificar as dificuldades para a prática do aleitamento materno/amamentação. Método: estudo longitudinal, comparativo, realizado em hospital regional, no Piauí, Brasil. Participaram 49 nutrizes, abordadas no primeiro e 28° dia de vida dos recém-nascidos. A coleta aconteceu entre setembro de 2018 e fevereiro de 2019, com questionário de caracterização e aplicação do instrumento LATCH – Scoring System (Latch, Audible swallowing, Type of nipple, Comfort, Hold). Para análise, utilizou-se estatística descritiva e testes de associações múltiplas. Resultados: verificou-se que, na primeira avaliação, 32,7% das nutrizes e recém-nascidos necessitaram de suporte para adequação do processo de amamentação, enquanto na segunda, apenas 2%. Conclusão: evidenciou-se que intervenções precoces voltadas para promoção e manutenção do aleitamento materno devem ser implementadas por enfermeiros, com início no pré-natal e indispensáveis na primeira semana puerperal, especialmente relacionadas à técnica de amamentação.

Fatores que influenciam na amamentação em mulheres atendidas no Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados – Mato Grosso do Sul

“…A presença do cônjuge pode auxiliar com o início do aleitamento materno e manutenção por mais tempo, quando eles ofertam suporte emocional, social e econômico (FERNANDES et al, 2020;OLIVEIRA et al, 2021). O suporte emocional a partir de atitudes e expressões verbais favoráveis a prática da amamentação podem estimular e valorizar a amamentação.…”

“…Apesar das políticas que promovem o AME, a prevalência no Brasil é apenas de 45,7% e no Centro-Oeste de 44,1% (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, 2020), o que mostra baixas taxas de amamentação (OLIVEIRA et al, 2021), devido a não adesão a sua prática e o abandono precoce. Isso pode ser em decorrência da influência de diversos fatores biológicos, psicológicos, socioeconômicos, culturais e demográficos (OLIVEIRA et al, 2015;VIEIRA et al, 2018;FERNANDES e HÖFELMANN, 2020).…”

Avaliação da percepção da amamentação relatada pelas lactantes comparadas com o LATCH em uma ala materno infantil do Hospital Universitário do Oeste do Paraná

“…De acordo com o estudo Carreiro (2018), Oliveira (2021) e Lima (2021) a prática do AME e as variáveis do desmame precoce, estão associadas a dificuldade no aleitamento, encontradas na avaliação realizada através do questionário LATCH, pois durante as primeiras horas da amamentação compreende-se a fase de adaptação.…”

“…Deste modo realizado a avaliação específica da qualidade da pega do recém-nascido (L), nota-se que é o problema que surge de maneira mais precoce na dificuldade no AM de acordo com Oliveira (2021). Os autores do estudo de Schafer (2017) evidenciaram que se a pega e o posicionamento do recém-nascido estiver abaixo do ideal pode gerar dor e este ser o componente fundamental que dificulta a amamentação, visto que a amamentação dolorosa ou problemas com a pega do bebê podem ser uma surpresa para as mães que acreditaram ser um processo fácil ou natural.…”

“…Diante disso é de suma importância que haja conforto da mãe em relação ao mamilo e a mama, as orientações quanto anatomia, posicionamento e conforto são imprescindíveis para um aleitamento de qualidade tanto para o recém-nascido como para a mãe. Oliveira (2021) em seu estudo reforça que há necessidade de maior ênfase na educação das mães sobre posicionamento e pega corretas, durante as primeiras semanas pós-parto, com intuito de evitar trauma mamilar e dor. Azevedo (2015) refere que para uma adequada amamentação o RN deve estar posicionado (T) de maneira que fique de frente para a nutriz, barriga com barriga; o lábio inferior do RN deve tocar no mamilo, e ele deve abrir a boca por meio do seu reflexo de busca pelo alimento.…”