Objetivo: Avaliar a associação da concentração de Cromogranina A com a ansiedade e estresse em profissionais de enfermagem e a associação da ansiedade e estresse com fatores sociodemográficos, epidemiológicos e laborais. Método: Estudo transversal desenvolvido com 210 profissionais de enfermagem de uma instituição hospitalar do Sudeste de Minas Gerais, Brasil, entre 2018-2019, por meio de preenchimento de um questionário de caracterização, do Inventário de Ansiedade de Beck e do Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp, bem como da coleta de saliva dos participantes para verificar a concentração de Cromogranina A dos participantes. Os dados foram analisados de forma descritiva e inferencial, com nível de significância de 5%. Resultados: A maioria dos profissionais apresentou estresse (58,1%) e ansiedade (51,9%). Fatores como faixa etária, número de filhos, tempo de atuação na instituição, carga horária de trabalho, falta de atividade física, uso de medicamentos e outro emprego, aumentaram as chances desses trabalhadores terem ansiedade e estresse em níveis mais altos (P 0,001). A Cromogranina A apresentou maiores alterações nos profissionais do turno da tarde. Observou-se associação entre o grupo que tinha estresse e ansiedade com a Cromogranina A, no turno da noite, bem como do grupo que tinha apenas ansiedade em horários do turno da manhã (P 0,05). Conclusão: Os profissionais apresentaram níveis de ansiedade e estresse, que foram associados às alterações da CgA em
alguns horários, demonstrando que essa proteína pode ser um possível biomarcador de ansiedade e de estresse.