Introdução: A fraqueza muscular adquirida é uma complicação que acomete de 30% a 60% dos pacientes internados nas unidades de terapia intensiva (UTI). Estratificar a funcionalidade do paciente crítico na admissão é uma importante ferramenta para estabelecer prognósticos funcionais. Objetivo: Avaliar e comparar a mobilidade funcional de pacientes críticos internados em UTI na admissão e na alta da unidade. Materiais e Métodos: Estudo piloto realizado na UTI Geral e UTI Neurocirúrgica de um hospital escola, em São José do Rio Preto, SP. Foram selecionados prospectivamente pacientes adultos entre 18 e 60 anos, sedados, em ventilação mecânica invasiva. Foram identificados dados sociodemográficos, clínicos e hemodinâmicos à admissão na unidade e aplicada a escala de mobilidade funcional em UTI (EMU), na admissão e na alta da unidade. Foi aplicada estatística inferencial com teste de Wilcoxon. O nível de significância foi p≤0,05. Resultados: A amostra foi composta por 28 pacientes, maior prevalência (54%) do sexo masculino, com média de idade de 54,56±22,52 anos. A especialidade de internação mais prevalente foi a neurológica com 57%. Houve incremento significativo (p0,0001) na comparação da mobilidade funcional entre admissão (0,25±0,44) e alta (2,21±1,77) da UTI. Conclusão: Essa amostra de pacientes críticos, internados em unidade de terapia intensiva sedados e em ventilação mecânica invasiva, evoluiu com melhora estatística significativa da mobilidade funcional na comparação entre a admissão e a alta da unidade. Contudo, em termos clínicos, não houve evolução na funcionalidade desta amostra de pacientes da admissão para a alta da UTI.