Atualmente, a produção média mundial per capita de resíduos sólidos urbanos pode ser estimada em 1,2 kg/dia. Muitos desses resíduos não são biologicamente degradados e podem levar anos ou até séculos para serem decompostos. No Brasil, esse cenário pode ser agravado quando consideramos os baixos níveis de reciclagem e reaproveitamento. O presente trabalho descreve o caso da FATEC Itapetininga, SP, como ponto de partida para contribuir com a discussão sobre Gerenciamento de Resíduos Sólidos (GRS) em instituições de ensino. Nosso objetivo foi caracterizar resíduos gerados, identificar fatores culturais e comportamentais relevantes e contribuir para o desenvolvimento e implementação de um plano de GRS nessa instituição. Os resíduos sólidos foram caracterizados com relação à produção e composição gravimétrica. Variáveis comportamentais e de gestão foram levantadas por meio de entrevistas e questionários. Os resultados indicam uma geração anual de, aproximadamente, 11 toneladas de resíduos sólidos não perigosos na unidade. Destes, a maior parte foi constituída por rejeitos (57%) seguidos pela fração orgânica (24%). Os resíduos recicláveis compuseram 19% do total sendo papel e papelão seus principais constituintes. Com relação aos questionários, observou-se que a maioria dos entrevistados soube diferenciar rejeitos de resíduos, o que indica consciência da possibilidade de reutilização ou reciclagem de parte do material. Porém, os conhecimentos sobre legislação e destinação final dada pelos municípios são limitados.