Este artigo apresenta os resultados parciais de uma pesquisa que analisou as repercussões do gerencialismo e da performatividade, materializadas no Método de Melhoria de Resultados (MMR) na perspectiva do coordenador pedagógico (CP) da rede estadual paulista (Seduc). As bases teóricas foram construídas a partir dos conceitos de performatividade, gerencialismo e de atuação de políticas (policy enactment) de Stephen Ball. A pesquisa foi orientada pelos fundamentos da abordagem qualitativa, com levantamento bibliográfico, análise documental e levantamento empírico. Os dados empíricos foram coletados em um Grupo de Discussão (GD), cujo propósito foi identificar as concepções dos CP sobre o MMR e seu papel como membro da gestão escolar. Além disso, buscou explorar as formas de atuação do coordenador pedagógico para colocar em prática o MMR. Para a realização da análise do material empírico coletado, optou-se pelo recurso metodológico da Análise de Prosa (AP). Os dados coletados evidenciaram que os CP da rede estadual paulista, ainda que sejam obrigados a atender a demandas por desempenho e cumprimento de metas, não atuam como mera caixa de ressonância da Seduc, mas adotam um discurso autoral e estratégias de ação que recontextualiza o MMR, adaptando-o à realidade e ao contexto escolar.