Objetivos: O objetivo deste trabalho foi avaliar in vitro a capacidade anti-micotoxina de dois probióticos comerciais constituído de esporos de Bacillus spp – A1 e A2 e da microalga Chaetoceros gracilis – A3 utilizados na alimentação de Litopenaeus vannamei para aflatoxina B1 (AFB1) e ocratoxina A (OTA). A quantidade de probiótico foi calculada para 10 L de água. A quantidade da microalga Chaetoceros gracilis foi calculada de acordo com a quantidade utilizada nas fazendas (12 x 104 células/mL). Foi preparado um grupo com cinco microtubos de cada probiótico com pH 2,0 e um outro grupo com pH 6,0 utilizando solução tampão fostato salino (PBS) em duplicata para simular o pH estomacal e intestinal dos camarões, respectivamente. As concentrações de probióticos utilizadas foram 0,0%; 25%; 50%; 75% e 100% (0,0025 g; 0,005 g; 0,0075 g; 0,010 g) em cada tubo. As concentrações da microalga foram as mesmas do probiótico. A concentração das micotoxinas foi 1.000 ng/mL. A atividade anti-micotoxina do A1, A2 e A3 para OTA e AFB1 foram realizados por cromatografia líquida de alta eficiência. Houve diferença na capacidade anti-micotoxina entre os probióticos testados para OTA e AFB1 com maior eficiência do A2. O A3 não apresentou atividade anti-micotoxina. Em A1 e A2 a adsorção de OTA e AFB1 iniciou a partir da concentração 25%. Metade da OTA (513 ng/mL) foi adsorvida utilizando o A2 (concentrações ≥ 50%) em pH 2,0 e no A1 (concentrações ≥75%) no mesmo pH (400 ng/mL). Para AFB1 a maior adsorção ocorreu no A2 (concentrações ≥75%) em pH 2,0 (643 ng/mL) e pH 6,0 (672 ng/mL). O maior efeito anti-micotoxina do A1 só ocorreu (concentrações ≥ 50%) em pH 2,0 (481 ng/mL) e 25% em pH 6,0 (592 ng/mL). Os probióticos constituídos por esporos de Bacillus spp possuem capacidade anti-micotoxina in vitro para AFB1 e OTA e a microalga Chaetoceros gracilis não apresentou esta capacidade.