Introdução – A Doença Renal Crônica (DRC) representa um grande problema de saúde pública em todo o mundo e está associada a altas taxas de morbimortalidade. A realização do tratamento hemodialítico é vital para a sobrevivência dos pacientes, no entanto, é amplamente reconhecido que esse procedimento desencadeia uma série de modificações que transcendem a mera deterioração da função renal, impactando negativamente o bem-estar dos indivíduos e um dos mais comuns é a Desnutrição Energético-Proteica (DEP). Essa depleção característica da DEP agrava o quadro de sedentarismo, aumenta a morbimortalidade e reduz a qualidade de vida do indivíduo com DRC. Nesse contexto, é crucial enfatizar que o tratamento nutricional, combinado com uma avaliação antropométrica apropriada, desempenha um papel fundamental na supervisão clínica desse paciente. Objetivo – avaliar a massa muscular em pacientes hemodialíticos com DRC. Metodologia – Tratou-se de estudo de campo, de natureza observacional, de caráter transversal analítico com abordagem quantitativa. Participaram da pesquisa 30 pacientes adultos com DRC e em tratamento de hemodiálise, com faixa etária entre 20 e 59 anos; lúcidos e em condições de comunicar-se; com as funções motoras preservadas; e que aceitaram participar da pesquisa assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Foi utilizada anamnese, com avaliação antropométrica e exame físico. Os dados foram avaliados de forma quantitativa a partir do programa Microsoft Office Excel 2020 e apresentados na forma de tabelas e figuras. Foram avaliados dados sociodemográficos e antropométricos. O Índice de Massa Corpórea (IMC), circunferência do braço (CB), circunferência muscular do braço (CMB), dobra cutânea tricipital (DCT) e exame físico foram utilizados para avaliar a massa muscular na DRC. Resultados – Dos avaliados, 50% apresentaram eutrofia pelo IMC, enquanto na CB, 40% apresentaram depleção leve. A CMB revelou que 60% dos participantes tinham algum grau de depleção, 50% mostraram algum grau de depleção pela DCT, e no exame físico, houve grande quantidade de participantes com depleção, principalmente nos membros inferiores e têmporas. Conclusão – O tratamento hemodialítico pode influenciar a perda de massa muscular, impactar de forma negativa no estado nutricional e o prognóstico do paciente com DRC, o que ressalta a necessidade de acompanhamento nutricional especializado e individual para melhorar o quadro clínico desses indivíduos.