Avaliação na educação física escolar: tensões para além das epistemologias

Abstract

O objetivo do trabalho consiste em identificar tensões que perpassam o tema avaliação na Educação Física escolar, enaltecendo contrastes e semelhanças existentes entre as práticas de professores. Na estrutura, apresenta síntese epistemológica de Boaventura Santos, argumenta sobre a fragilidade da avaliação fundamentada na modernidade e apresenta revisão teórica sobre o tema, problematizando a forma burocrática de sua realização ao tratar da “cultura corporal”. Na discussão, utiliza entrevista semiestruturada aplicada a três professores de EF de escolas públicas, abordando suas experiências na prática avaliativa. Define categorias de análise do conteúdo: ambivalência e subjetividade. Apresenta tensões fundamentais e sustenta que as avaliações burocráticas impedem o conhecimento-emancipação defendido por Santos. Conclui destacando a importância da dimensão axiológica da área, posicionandose a favor da autoavaliação como fomento a emancipação discente.

Produção científica sobre Educação Física na perspectiva do professor da educação básica: um olhar a partir dos periódicos da área

“…Ressalta-se que em algumas das produções selecionadas (ROSÁRIO; DARIDO, 2005;PIRAGIBE;FERRAZ, 2006;GRAMO-RELLI;NEIRA, 2009;RESENDE, SOARES;MOURA, 2009;RE-TONDAR, 2009;SILVA;MACIEL, 2009;FREIRE, 2013;JARDIM et al, 2014;SILVA;MOLINA NETO, 2014;BARROSO;VARGAS, 2017), os autores nos apresentam indicativos que podem se tornar ações em potencial ao encontro de uma EFE significativa para a comunidade escolar, em especial, para os alunos da educação básica, entre eles: planejamento coletivo entre alunos e professores, organização e sistematização dos conteúdos de acordo com a realidade da comunidade, processo avaliativo com caráter formativo, bem como, maior investimento na formação continuada do corpo docente.…”

A Educação Física brasileira por entre distintas epistemologias e o entrave da área 21

“…Na ocasião, vários trabalhos (GAYA, 1994;TAFFAREL;ESCOBAR, 1994;BRACHT, 1995;GHIRALDELLI JUNIOR, 1995;LOVISOLO, 1995) dialogaram sobre uma "possível" especificidade da área e a eles se somaram outros sobre as questões de identidade profissional ou sobre a identidade epistemológica da EF. Nos anos subsequentes, as discussões prosseguiram (FENSTERSEIFER, 2001(FENSTERSEIFER, , 2009REZER, 2010;ALMEIDA;VAZ, 2012;VARGAS;MOREIRA, 2012), de forma a evidenciar a complexidade da questão. Entretanto, tudo isso parece ter sido ignorado pela principal instituição de avaliação da Pós-Graduação brasileira: a CAPES.…”