Avaliação Pós-Ocupação Como Diagnóstico Visando Requalificação De Uma Instituição De Longa Permanência Para Idosos

Abstract

Pretende-se apresentar o planejamento desta ação e seus primeiros resultados. A pesquisa se encontra nas etapas iniciais, pois precisou ser suspensa temporariamente em função da pandemia. Os métodos utilizados para o levantamento de dados foram o walkthrough exploratório e diários de campo. Os resultados indicaram a inadequação do local em relação à acessibilidade, conforto antropodinâmico, privacidade e carência de espaços de interação social. Os diários de campo evidenciaram a sensibilização dos alunos em relação aos residentes. A ação se coloca como muito relevante aos moradores, idosos debilitados e com problemas de saúde, e que irão usufruir de um espaço com mais qualidade. Espera-se com essa ação proporcionar melhorias na qualidade de vida desta população vulnerável e ampliar o sentimento de valorização e pertencimento dos usuários.

Unidades Básicas de Saúde na cidade de Santos: uma experimentação em avaliação pós-ocupação e codesign

“…O desenvolvimento do projeto arquitetônico de uma UBS deve atender as diversas normas para garantir a qualidade da edificação, mas também atentar para as necessidades dos usuários, da comunidade e do meio urbano no qual se insere. No Brasil, relativamente ainda são poucas as pesquisas que abordam o processo de projeto de arquitetura ou a avaliação de desempenho de UBSs (GARCIA, 2018;GRATON, 2014;MEDEIROS, 2012) ou de edifícios destinados à Atenção Primária (GONÇALVES, 2019;ONO, 2021ONO, , 2022SANTO et al, 2021). No entanto, pesquisas que abordam a APO e a arquitetura para saúde apontam para uma necessidade crescente da realização de projetos em equipes multidisciplinares, objetivando incorporar a opinião dos usuários em um processo de projeto participativo, para a elaboração de espaços adequados às suas necessidades (CAIXETA 2015;CAIXETA;FABRICIO, 2021;GRANTON;IMAI, 2022aIMAI, , 2022bTHOMAZONI 2016;SANTI;UTTEMBERGHE;.…”

“…Além disso, a constante mudança funcional dos ambientes de saúde sem uma sinalização adequada é considerada um problema que prejudica tanto o acesso dos pacientes aos locais corretos quanto o fluxo de usuários (GARCIA, 2018;SILVA e ORNSTEIN, 2022). As edificações que passaram por modificações e adaptações em sua estrutura física para oferecer serviços de saúde, também apresentam obstáculos à acessibilidade que prejudicam a locomoção dos pacientes e as atividades realizadas pelos profissionais na prestação de serviços de saúde (GOULART; ONO, 2022;SANTO et al, 2021).…”

“…O cuidado com a humanização e a ambiência em qualquer ambiente de saúde, pode contribuir significativamente para o bem-estar e a qualidade de vida dos usuários, quer sejam pacientes ou profissionais. Nesse sentido os estudos apontam para limitações dos espaços nesse aspecto, sobretudo pela falta de distrações positivas, ambientes confortáveis e adequados às necessidades de acolhimento de pacientes (GRACIA, 2018;SANTO et al, 2021). Para Landi e Smith (2020), a humanização dos ambientes de saúde se torna ainda mais relevante diante do aumento mundial da perspectiva de vida e do crescimento de doenças de longo prazo.…”

“…Santo et al (2021), relatam que os pacientes idosos manifestaram um descontentamento em relação aos espaços de saúde por não estarem adequados às suas necessidades e ao acolhimento. Outro aspecto que compromete a ambiência da edificação é a ausência de manutenção contínua, que resulta em diversos problemas que impactam não apenas o sistema construtivo, mas também prejudicam a percepção dos usuários sobre o espaço, com reflexos nas atividades realizadas e nas relações sociais (SANTO et al, 2021;SILVA;ORNSTEIN, 2022). Diante dos problemas identificados, torna-se crucial que os projetos de arquitetura priorizem a promoção da humanização por meio da criação de espaços mais acolhedores e confortáveis.…”

“…Entretanto, a adoção de estratégias para tornar os ambientes internos mais agradáveis aos usuários, não devem comprometer aspectos fundamentais de um EAS, como a funcionalidade, salubridade e facilidade de manutenção dos ambientes (GOULART; ONO, 2021). A adoção de estratégias de ambientação também permite que pacientes e funcionários desenvolvam um senso de pertencimento e apropriação desses espaços, fomentando vínculos e fortalecendo os cuidados permanentes em relação à saúde (SANTO et al, 2021).…”