Avaliação pós-operatória do tratamento endovascular de aneurismas da aorta abdominal por angiotomografia com multidetectores

Abstract

OBJETIVO: Este estudo tem como objetivo a avaliação pós-operatória do tratamento endovascular de aneurismas da aorta abdominal por angiotomografia com multidetectores. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram analisadas, retrospectivamente, angiotomografias de 166 pacientes (137 homens e 29 mulheres) com idade média de 73 anos portadores de aneurisma da aorta abdominal submetidos a terapêutica endovascular, no período de junho de 2005 a agosto de 2006. Os exames foram feitos em tomógrafo multidetector de 64 canais e os parâmetros adotados foram: colimação, 0,625 mm; pitch, 0,6-1; mAs, 300-400; kV, 120. Em todos os casos foi utilizado meio de contraste iodado não-iônico (350 mg/ml) administrado por meio de bomba infusora, com fluxo de 4 ml/s a 5 ml/s e com volume variável de 70 ml a 100 ml. Os exames foram avaliados quanto à presença de complicações. RESULTADOS: Dos 166 exames realizados, 93 pacientes não apresentaram complicações e 73 apresentaram os seguintes achados: endoleak (n=37), trombose circunferencial da endoprótese (n=29), angulação (n=17), coleção no sítio de punção (n=10), migração da prótese (n=7), dissecção dos vasos de acesso (n=7) e oclusão (n=6). CONCLUSÃO: O endoleak foi a complicação mais prevalente em nosso estudo, sendo o tipo II o mais comum.

A importância do diagnóstico por imagem na classificação dos endoleaks como complicação do tratamento endovascular de aneurismas aórticos

“…Several authors have demonstrated that CT angiography is the best noninvasive method for the diagnosis of endoleaks, and it is considered as the gold standard and method of choice in such cases (26) . With a single breath-hold following the contrast medium injection, the thoracic and abdominal aortas, supra-aortic vessels, abdominal branches and the iliaco-femoral axis can be evaluated.…”

Trombose na endoprótese do aneurisma da aorta: avaliação por TC multidetector

“…Thomaz et al, em recente estudo realizado em aparelho de mesmas especificações e com protocolo semelhante, já aponta para uma taxa elevada de trombose luminal no seguimento do TEAAA 10 . A obtenção de cortes finos (1,0 mm) de alta resolução permitiu a detecção de pequenos trombos intraluminais, além da realização de reformatações e reconstruções angiográficas tridimensionais, utilizando-se os algoritmos de reconstrução "volume rendering" (VR) e "maximum intensity projection" (MIP).…”

“…A trombose parietal pode ocorrer sob a forma de pequeno trombo circunferencial na parede da prótese, ou como oclusão luminal da prótese, demonstrada nos estudos de imagem por angiografia digital (AD) ou por tomografia computadorizada (TC), com incidência estimada de 3% a 19% dos casos de TEAAA [6][7][8][9][10][11] . Contudo, a escolha desta modalidade terapêutica tem sido justificada pela comparação à cirurgia convencional 1 .…”