A minha trajetória acadêmica foi e está sendo bastante diversificada. Ela perpassa um curso de Relações Internacionais pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), onde estudei por um ano. Posteriormente cursei Ciências Biológicas na Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP -USP), onde a minha trajetória com a interdisciplinaridade se enriqueceu ainda mais. Tive o grande prazer em fazer parte de um cursinho popular chamado Conexão. Nesse cursinho não haviam aulas tradicionalmente regulares com 50 minutos de prazo, apenas 1 professor na sala e vários ouvintes. Nessas aulas ficávamos em 3 professores, com vários alunos que participavam ativamente, inclusive na construção das aulas, e uma aula que se perdurava por 2 dias ou uma semana se necessário, sendo regida por um tema mensal (inclusive há um tema sobre a água). O conteúdo não se finalizava com a aula, e sim perdurava pelo cotidiano dos alunos e professores. Com bastante dificuldade, fui entendendo aos poucos o que era aquela forma de ensinar, bastante diferente e que exigia muita compreensão e esforço, por parte dos alunos e professores. Ainda tentando me encontrar na pesquisa, comecei a minha jornada na alfabetização científica, sendo orientado pela Profa. Dra. Fabiana Verssuti. Não me encontrando nessa pesquisa, ingressei na entomologia, para trabalhar com insetos aquáticos, com o Dr. Rafael Moretto. Vislumbrei um mar de possibilidades e o desejo de trabalhar com esses maravilhosos animais que indicam a qualidade da água por meio da sua interação com o ambiente aquático. Essa pesquisa inclusive abriu portas para que eu pudesse ir para o Canadá, na Concondordia University of Edmonton, estudar a qualidade da água dos mais variados lagos guiado pela Profa. Dra Mariola M. Janowicz. No meu último ano de graduação, voltei a trabalhar com o ensino de Ciências e ingressei no LEDiB (Laboratório de Epistemologia e Didática da Biologia), onde fui orientado pela minha atual orientadora, Profa. Dra. Fernanda da Rocha Brando Fernandez, e pela Dra. Giselle Martins. Fiz parte de um projeto que busca a interdisciplinaridade no fazer didático dos docentes em formação inicial, e elaboramos um minicurso com várias temáticas, dentre elas estava o tema sobre a transposição do Riu Piumhí, que demonstrou como esse tema pode abranger várias áreas do conhecimento, havendo uma integração entre os conceitos. Uma das temáticas a serem trabalhadas em bacia hidrográfica, envolve os insetos aquáticos bioindicadores da qualidade da água, pois por terem parte de sua vida vivendo no ecossistema aquático, eles conseguem denotar as suas características interagindo com o meio e com isso podemos trabalhar conteúdos que envolvem Física, Química, Matemática e Biologia. Logo, obtive o que minha trajetória estava almejando criar um trabalho em que pudesse relacionar o ambiente aquático com o fazer docente interdisciplinar. Então construímos esse trabalho, eu e as pessoas que diretamente e indiretamente fazem parte da minha vivência, um estudo que pudesse guiar os pro...