RESUMOIndivíduos com dor lombar têm redução na força e na resistência dos músculos paraespinhais. A avaliação da fadiga e da resistência dos músculos paraespinhais é importante, uma vez que tem sido reportado que indivíduos com lombalgia desenvolvem um déficit no condicionamento físico que influencia na força e na função do tronco. Além disso, ainda é incerto a relação da fadiga dos paraespinhais e o ângulo de flexão anterior de tronco. Os objetivos deste estudo foram comparar a fadiga em indivíduos com e sem dor lombar e correlacionar a fadiga com o ângulo de flexão anterior de tronco. O grupo lombalgia foi composto por dez indivíduos com diagnóstico médico exclusivo de lombalgia. O grupo controle foi composto por dez indivíduos que possuíam características físicas semelhantes. Inicialmente avaliou-se a flexão anterior de tronco dos indivíduos pelo método angular de Whistance. A fadiga dos músculos paraespinhais foi avaliada nas alturas de L1 e L5 por meio da eletromiografia de superfície em duas cargas: 50 e 75% da contração isométrica voluntária máxima. Os resultados do estudo indicaram que o grupo lombalgia apresentou menor força durante os testes de contração isométrica voluntária máxima (P < 0,004). Embora o grupo lombalgia tenha apresentado maior valor de fadiga, não houve diferença estatisticamente significante entre os dois grupos para as alturas de L1 e L5 nas duas cargas. As correlações entre a fadiga e o ângulo de flexão anterior de tronco mostraram-se de fracas a moderadas (valores entre r = -0,58 a 0,51). Estes achados indicam que ambos os grupos fadigam, entretanto o grupo lombalgia apresentou maior fadiga. Além disso, não se pode predizer a fadiga por meio do ângulo de flexão anterior de tronco.Palavras-chave: eletromiografia, análise espectral, fadiga, dor lombar.
ABSTRACTSubjects with low back pain have reduction in strength and endurance of the erector spinae muscles. The assessment of the fatigue and the endurance of these muscles is important, once it has been reported that individuals with low back pain develop a deficit in physical conditioning which influences on trunk strength and function. Moreover, the relationship between back muscles fatigue and trunk forward flexion is still unclear. The aims of this study were to compare fatigue between individuals with and without low back pain and to correlate the muscles fatigue with the angle of trunk forward flexion. The low back pain group consisted of ten low back pain subjects. The control group was composed by ten subjects with similar physical characteristics and without low back pain. Initially, the trunk forward flexion was evaluated with the Whistance angular method. The erector spinae fatigue was assessed at L1 and L5 by surface electromyography on two loads: 50 and 75% of maximal voluntary isometric contraction. The results indicated that the low back pain group presented a lower strength output during maximal voluntary isometric contraction (P < 0.004). Although the low back pain group has presented greater values of fatigue, there ...