Os bacteriófagos, inicialmente explorados nas décadas de 1920 e 1930, caíram em desuso após a ascensão dos antibióticos, mas ressurgiram nas décadas seguintes devido ao aumento da resistência bacteriana. Eles atuam como controladores das populações bacterianas e podem transferir genes que aumentam a virulência, promovendo a diversidade genética das bactérias. Os fagos têm se mostrado uma ferramenta promissora no controle de doenças bacterianas em plantas, pecuária, aquicultura e alimentos, sendo eficazes contra patógenos como Salmonella, Escherichia coli e Listeria. Na agricultura, os fagos são usados para controlar fitopatógenos como Xanthomonas e Pseudomonas, substituindo biocidas convencionais. Na pecuária, ajudam a prevenir e tratar infecções bacterianas em animais de produção. Na aquicultura, fagos são aplicados contra patógenos marinhos, melhorando a saúde dos peixes e reduzindo a resistência a antibióticos. Em alimentos, são utilizados para controlar patógenos em superfícies de processamento e diretamente nos produtos. Exemplos incluem a redução de Escherichia coli na produção de queijo e a eliminação de Salmonella em carnes. Além disso, biofilmes de embalagens antimicrobianas com fagos aumentam a vida útil dos alimentos ao controlar o crescimento bacteriano. Os bacteriófagos também têm sido aplicados como biossensores para detectar patógenos em alimentos, oferecendo uma alternativa rápida e eficaz aos métodos tradicionais de cultura bacteriana. Diversos biossensores baseados em fagos foram desenvolvidos para detectar Salmonella, Listeria e outros patógenos, aumentando a sensibilidade e eficiência do diagnóstico.