Trabalhos têm demonstrado a viabilidade socioeconômica do cultivo da pereira em perímetros irrigados na região semiárida brasileira, sendo uma nova alternativa sustentável para os produtores da região. Em condições de semiaridez, diversos fatores, como a disponibilidade hídrica do solo, o tipo de sistema de irrigação, bem como a variedade empregada no sistema de produção agrícola, pode afetar os processos fisiológicos das plantas. Objetivou-se com o estudo avaliar o efeito fisiológico de duas variedades de pereira com diferentes sistemas e lâminas de irrigação no Vale do Submédio São Francisco. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com esquema fatorial 2 x 2 x 4, sendo dois sistemas de irrigação (gotejamento e microaspersão), duas variedades (Triunfo e Packham's triumph) e quatro lâminas d'água (60; 80; 100; e 120% da Evapotranspiração da cultura-ETc), com quatro repetições. As lâminas de irrigação causaram alteração nas trocas gasosas, em que as lâminas estimadas de 97,86%, 100,88%, 97,63% da ETc proporcionaram as maiores médias para condutância estomática (0,41 mol m-2 s-1), transpiração (8,77 mmol H2O m-2 s-1), e fotossíntese líquida (27,22 µmol CO2 m-2 s-1), respectivamente, enquanto que para o parâmetro temperatura foliar o valor mínimo estimado foi de 31,26°C com a lâmina de 99,31% da ETc. Não se observou interação entre as variedades e os sistemas de irrigação sob as características fisiológicas das pereiras.