ResumoNas últimas décadas, acompanhando a expansão da ciência e da tecnologia, tornou-se cada vez mais evidente a necessidade de avaliar tais avanços e de determinar os desenvolvimentos alcançados pelas diversas disciplinas do conhecimento. Neste sentido, apontou-se para a medição das taxas de produtividade dos centros de pesquisa e dos investigadores individuais, para a detecção daquelas instituições e áreas com maiores potencialidades e para o estabelecimento das prioridades no momento da alocação de recursos públicos.Existem diversas formas de medição voltadas para avaliar a ciência e os fluxos da informação. Dentre estas, cabe citar a bibliometria, a cienciometria, a informetria e a mais novel delas, a webometria. Estas subdisciplinas, apesar de apresentarem algumas semelhanças ou pontos de convergência, possuem características, enfoques e funções dissímeis. O objetivo central deste artigo consiste, conseqüentemente, em explorar e aprofundar o estudo destes conceitos desde uma ótica comparativa, revisar e discutir suas principais aplicações e aportar um maior esclarecimento sobre o tema, reservando uma atenção especial à webometria, área ainda pouco estudada no campo das ciências da informação no Brasil.
INTRODUÇÃOA palavra avaliar vem do latim valere. Esta apresenta, entre outras acepções, a de ser merecedor ou digno de alguma coisa 1 ,2,3 . A avaliação, dentro de um determinado ramo do conhecimento, permite dignificar o saber quando métodos confiáveis e sistemáticos são utilizados para mostrar à sociedade como tal saber vem-se desenvolvendo e de que forma tem contribuído para resolver os problemas que se apresentam dentro de sua área de abrangência.Há, por parte de autores, como Oliveira et alii 4 , a idéia de que a avaliação da produtividade científica, por exemplo, deve ser um dos elementos principais para o estabelecimento e acompanhamento de uma política