RESUMOA exotropia permanente (XT) acomete cerca de 1 a 2% da população. Seu tratamento é clínico: antiambliogênico e correção dos erros refrativos, e cirúrgico. O objetivo do tratamento cirúrgico é alinhar os olhos na posição primária do olhar, proporcionando melhor resultado estético. Há muito tempo diversos autores estudam os fatores pré, per e pós-operatórios relacionados ao resultado cirúrgico, uma vez que a taxa de sucesso varia de 60 a 80%. Ainda são poucos os estudos que comparam a presença de ambliopia como fator de influência no resultado final. Objetivo: Comparar o resultado cirúrgico dos pacientes amblíopes e não-amblíopes submetidos à cirurgia de correção de XT. Métodos: Análise retrospectiva de 37 prontuários de pacientes amblíopes (Grupo A) e não-amblíopes (Grupo B) submetidos à correção cirúrgica de XT por retrocessoressecção monocular, sendo avaliados os registros pós-operatórios imediatos e tardios. Idade: grupo A 24,7 ± 14,2 anos, grupo B 22,6 ±18,6 anos; Desvio pré-operatório: grupo A 29,1± 7,2 Δ , grupo B 28,4 ± 6,8 Δ . Resultados: A taxa de sucesso foi de 60% e 100% (p<0,05), no pós-operatório imediato e 50% e 82,3% (p=0,082), no pós-operatório final, nos grupos A e B, respectivamente. Não houve diferença significante quanto aos desvios pós-operatórios imediatos, tardios e variação do desvio. Conclusão: Pode-se concluir que o grupo B mostrou melhor resultado no pós-operatório imediato; porém não houve diferença no resultado cirúrgico de correção de exotropia permanente entre pacientes amblíopes e não-amblíopes no período pós-operatório de seis meses.
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