Resumo O colágeno é um dos mais importantes biopolímeros no mercado global de proteínas. O colágeno de origem aquática, ou seus derivados, é empregado por diversos segmentos industriais, com benefícios a saúde humana. Assim, este trabalho objetivou revisar o tópico de hidrolisados a base de colágeno, focando nos derivados e nas bioatividades nutracêuticas de subprodutos aquáticos. Devido às restrições sanitárias e socioculturais das fontes tradicionais (bovinos e suínos, principalmente, além de aves), as de origens aquáticas (peixes teleósteos, peixes cartilaginosos e invertebrados marinhos) se tornam uma alternativa viável. O processo de extração do colágeno compreende o uso de soluções salinas, ácidas e/ou enzimáticas. Com a hidrólise parcial do colágeno é possível obter a gelatina (16-150 kDa), a partir de técnicas que associam soluções ácidas e/ou alcalinas à exposição a elevadas temperaturas e atividade enzimática. Biotecnologicamente, a gelatina é empregada como emulsificante, gelificante e espumante, além de usos clínicos e farmacêuticos. Os peptídeos são fragmentos de baixo peso molecular (3-6 kDa) gerados pela hidrólise total do colágeno por um processo que envolve a desnaturação química do colágeno e o emprego de colagenases e proteases colagenolíticas. Peptídeos de colágeno apresentam diversas bioatividades e são utilizados em formulações na indústria biomédica, farmacêutica e nutracêutica.