“…Aponta também para a crescente participação da comunidade LGBT e das transformistas em instân-cias de governo. Em comparação com a cena inicial que abre o livro e com toda a trajetória que ele percorre, tal epílogo parece cumprir a função de demonstrar que concursos de beleza podem ser um tópico sociológico relevante e não apenas a frívola reafirmação de padrões normativos de feminilidade, raça e nacionalidade, como postulado por diversos trabalhos sobre o tema (Rahier, 1998(Rahier, , 2001Banet-Weiser, 1999;Canessa, 2008;Balogun, 2012, entre outros). Para Ochoa, a beleza faz parte de "como as pessoas imaginam possibilidades para sua sobrevivência, particularmente quando estão em posições socialmente marginalizadas" (:239), sejam elas transformistas que se prostituem na Avenida Libertador ou jovens que aspiram participar do concurso de Miss Venezuela e construir, a partir dele, uma carreira profissional de destaque.…”