“…Para além do elemento conjuntural, a conjugação de outras cinco características justifica o caráter de novidade desses grupos políticos: a estratégia de priorização da disputa cultural como pré-condição para a conquista do poder político (ALEXANDRE, 2017;PUGLIA, 2018;ROCHA, 2018;SEDGWICK, 2019;TEITELBAUM, 2019;TEITELBAUM, 2020); o anti-intelectualismo, compreendido como uma desconfiança em relação às instituições tradicionais de produção e legitimação dos regimes de verdade (ALONSO, 2019;PINHEIRO-MACHADO, 2019;TEITELBAUM, 2020); o antielitismo, representado pela valorização ética, estética e epistemológica do homem médio e do senso comum -em contraste com narrativas clássicas do conservadorismo (ALONSO, 2019); a adoção de uma retórica performática e disruptiva, sustentada na narrativa do politicamente incorreto (DI CARLO & KAMRADT, 2018;ROCHA, 2018); e a síntese entre o conservadorismo moral e a defesa do livre-mercado (CHALOUB & PERLATTO, 2015;ROCHA, 2018;NETTO et al, 2019).…”